A fotografia de retratos e a fotografia de rua são os meus dois géneros fotográficos preferidos. Mais do que os monumentos, templos e paisagens, acho que estes dois géneros é que transmitem a realidade e contam a história genuína de um país e das suas gentes.
Na minha última viagem tive a oportunidade de fazer muitos retratos surpreendentes e memoráveis. Para mim, fazer um retrato é também um pretexto para meter conversa com as pessoas, conhecer as suas histórias. Com o tempo contado e tanta coisa para ver e descobrir, às vezes só dá apenas para cumprimentar com um sorriso e perguntar “picture?”. Mas é o suficiente para eternizar aquele momento.
Foi o que aconteceu na maior parte das vezes, mas vou-vos contar o momento ou a história de cada pessoa que retratei nesta viagem.
SIEM REAP, 4 IRMÃOS
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf2843.jpg?w=683)
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf2835.jpg?w=1024)
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf2834.jpg?w=1024)
Encontrei estes 4 irmãos à saída de um dos templos em Angkor, Siem Reap, Camboja. Os risos e as brincadeiras na água atraíam os olhares e as objetivas dos turistas que por ali passavam. Eu aproximei-me mais que os restantes. Meti conversa. Perguntei pelos pais e pela escola. As aulas eram só de manhã e naquele dia era feriado, pelo que não houve escola. Os pais não andavam por perto. Não perguntei pelo seu nome, estavam mais interessados na brincadeira e em refrescarem-se no lago. Mais sorte tiveram que o protagonista da próxima foto.
SIEM REAP, TRABALHAR PARA PODER ESTUDAR
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf2804.jpg)
Também não sei o seu nome e também o encontrei a caminho de templos. Não lhe dou mais do que 7 anos e não foi a única criança a tentar vender-nos ímans (5, 1 dólar). Voltei a perguntar pela escola a uma dessas crianças, que me respondeu “compra por favor, para eu poder estudar”. Sem palavras….
SIEM REAP, MONGES BUDISTAS
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf2980.jpg?w=1024)
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf2983.jpg?w=1024)
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf2984.jpg?w=683)
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf2970.jpg?w=1024)
Angkor Wat ainda hoje é utilizado como local de oração. Perto de um altar, dois monges benziam os fiéis e os curiosos.
CHIANG MAI, a vendedora de produtos locais
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf3657.jpg)
Em Chiang Mai, no Santuário dos Elefantes, encontrei esta vendedora de produtos locais e pedi para tirar uma foto. O local é remoto, fica no meio da floresta, a 1h30 da cidade, cerca de 45 minutos são feitos por entre a vegetação, em estrada de terra batida. Faz parte da família que tem como única forma de sustento a “exploração” do santuário.
CHIANG RAI, Long Neck Karen Tribe
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf3508-1.jpg?w=683)
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf3501.jpg?w=1024)
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf3505.jpg?w=1024)
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf3506.jpg?w=1024)
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf3514.jpg?w=1024)
A Long Keck Karen é uma tribo originária de Myanmar, que se refugiou no norte da Tailândia para fugir à guerra e instabilidade no seu país. Foram ficando. O que os distingue de outras tribos que por ali criaram raízes: usam “argolas” de ouro ao pescoço, que ao pressionarem os ombros tornam o pescoço mais comprido (daí o nome “Long Neck”). Esta tradição tem 2 principais finalidades: beleza e estatuto social. Vivem da agricultura (os homens trabalham a terra) e de produtos locais que vendem aos turistas. Pela quantidade de crianças que já carregam a sua herança cultural aos ombros, penso que a continuidade desta tradição está assegurada!
BANGUECOQUE, Maeklong Train Market
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/58442170_633086203824475_8453795261272031232_n.jpg)
A cada 30 minutos, um comboio entra e sai da estação de Maeklong (a cerca de 70 quilómetros de Banguecoque). A cada início, ou fim da viagem, o comboio abre caminho durante cerca de 200 metros, pelas tendas e bancas de fruta, carne, peixe e bugigangas. Não há automatismos, é este Sr. que autoriza cada partida, recorrendo ao apito!
TAILÂNDIA E CAMBOJA – Comerciantes
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf3147.jpg)
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf3134.jpg)
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf2424.jpg)
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf2579.jpg)
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf3668.jpg)
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf3672.jpg)
![](https://nicestories.blog/wp-content/uploads/2019/05/dscf2498.jpg)
Carne, peixe, fruta, flores, especiarias, chá, arroz, souvenirs, roupa. Tudo se vende na rua, seja na Tailândia ou no Camboja. Aliás, cozinha-se na rua, come-se na rua e lava-se a loiça. Em cada esquina há um mercado, de noite ou de dia. Cheira a durião (fruto oriental), anis estrelado, curry, lixo, gasolina. A toda a hora!
Se já tinha adorado ler a outra publicação referente a tua viagem…esta está deliciosa…à medida que se vai lendo vai se querendo ler cada vez mais pois a forma com que descreves até os pormenores faz com que a curiosidade e o interesse sobre a tua experiência aumente. Muito bom mesmo. Parabéns. Ah e as fotos estão fantásticas e nada chocantes…retratam uma realidade.
LikeLiked by 1 person